"Investigadores na área da biologia molecular e celular consideraram hoje justa a atribuição do
Prémio Nobel da Química, salientando que com base no trabalho dos três laureados poderão ser desenvolvidos fármacos mais específicos, eficazes e menos prejudiciais.
O prémio Nobel da Química foi hoje [8 de Outubro de 2009] atribuído aos cientistas norte-americanos
Venkatraman Ramakrishnan e
Thomas Steitz e à investigadora israelita
Ada Yonath por trabalhos sobre
"a estrutura e a função do ribossoma", que fabrica as proteínas.
Segundo a citação do prémio, os três cientistas hoje distinguidos
"mostraram o que são os ribossomas e como funcionam ao nível dos átomos". A importância do ribossoma, segundo a
Real Academia Sueca, está em "traduzir a informação do ADN em vida", sendo por essa razão um alvo importante para novos antibióticos.
"É um Prémio Nobel que finalmente faz justiça", disse à Lusa Francisco Enguita, investigador principal na Unidade de Biologia Celular do Instituto de Medicina Molecular. O cientista exemplificou com o caso da israelita Ada Yonath, que "já trabalha pelo menos há vinte anos nesta área e, inclusive, já foi candidata ao prémio".
A mesma opinião manifestou Pedro Pereira, investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto (
IBMC), que também destacou "o longo percurso e os trabalhos liderados pelos três laureados com o objectivo de utilizar, no nível molecular, um processo essencial à vida".
No entender dos dois investigadores, o trabalho desenvolvido por Ramakrishnan, Steitz e Yonath "abre muitas possibilidades", sendo a oportunidade mais directa o desenvolvimento de novos antibióticos mais específicos, eficazes e menos prejudiciais ao organismo humano.
"Ao conhecer-se a estrutura dos ribossomas, podem desenhar-se moléculas que impeçam a acção do ribossoma da bactéria e não das células do nosso organismo, ou seja, isso permite atacá-las de forma mais selectiva", salientou
Francisco Enguita.
Lembrando que "muitos dos antibióticos se dirigem à inibição da síntese proteica que actua sobre o ribossoma", o investigador Pedro Pereira destacou, por sua vez, que os três cientistas permitiram "perceber o modo de acção de alguns destes compostos", e, sobretudo, que, com base no seu trabalho, será possível "desenvolver fármacos mais específicos, eficazes e menos prejudiciais ao organismo humano".
Segundo o investigador Francisco Enguita, o desenvolvimento de novos fármacos já está em curso, uma vez que a investigadora israelita Ada Yonath "
trabalha com várias empresas da área para preparar novos antibióticos"."O mais relevante deste trabalho é que permite, de uma vez por todas, compreender como é que a nível molecular se processa a descodificação da informação genética e a sua transposição para as moléculas que formam a célula", acrescentou Pedro Pereira.
O prémio, no valor de 10 milhões de coroas suecas (984,6 mil euros), será entregue como todos os outros a 10 de Dezembro, data do aniversário da morte de
Alfred Nobel em 1896."
Citando,
[ Diário de Notícias ]Apesar de não ser uma constante a minha pesquisa a nível dos Prémios Nobel, fiquei interessado em ler sobre a atriuíção deste prémio. Sendo que é das áreas em que mais me interessa...
Gosto porque é uma área em constante desenvolvimento, penso que ainda tem muito para se falar, procurar, discutir, investigar... Biologia Molecular e Celular =D
Como já citei a notícia e os comentários dos dois investigadores referidos acima, não me vou alongar pois ao pé deles e dos Laureados sou um asno.
Com muito respeito,
HM
Aqui nos vemos :]